Outubro Rosa e um Pouco sobre Câncer de Mama


Sempre falo que o Coisa e tal é um cantinho pra eu falar sobre tudo que faz parte do meu mundo excluindo a faculdade porque ela já me toma bastante tempo e eu queria um lugar pra relaxar, pensar em outra coisa, conversar sobre assuntos mais amenos.
Mas, eventualmente, a Medicina invade esse espaço também, seja nos posts para a tag 'Diário' ou contando sobre um projeto legal e até com a minha ausência - nos finais de semestre, quando as provas se tornam quase diárias.
E resolvi, então, falar mais um pouquinho sobre Medicina por aqui mas não apenas disso; nesse post, vamos falar também sobre saúde, sobre doença, sobre auto-estima, sobre informação. Ou seja, vou contar por aqui sobre a campanha Outubro Rosa e sobre o câncer de mama.


A campanha do Outubro Rosa teve sua primeira sementinha, lá em 1990, na Corrida pela Cura, em Nova York. Durante sete anos, a corrida aconteceu anualmente e a proposta se espalhou por todos os EUA, crescendo e adicionando diversas outras ações, com informações sobre prevenção, com a adoção da cor rosa e do laço para representar o movimento e com a escolha de todo o mês de outubro para falar sobre essa doença. O movimento chegou ao Brasil pela Femama e tem feito sucesso e se alastrado desde então.

Mas por que é tão importante falar sobre o câncer de mama? Porque ele é o 2º tipo mais comum no mundo e o 1º entre as mulheres, além disso, é a neoplasia (outro nome para câncer maligno) que mais mata mulheres.
O câncer de mama não é exclusivo de mulheres, podendo ocorrer também em homens, apesar de ser muito raro no sexo masculino. 


Ele é um câncer que aumenta a sua incidência (incidência é o número de casos novos) com o aumento da idade e com alguns outros fatores associados como: antecedentes familiares - especialmente se de primeiro grau e se antes dos 50 anos -, menarca precoce, menopausa tardia, terapia de reposição hormonal (diferente de anticoncepcionais; a terapia de reposição hormonal pode ser feita em mulheres pré ou pós-menopáusicas para diminuir os sintomas típicos dessa fase da vida), dieta rica em gordura, entre outros.

E aí, você se pergunta: já entendi tudo isso, o que posso fazer pra me cuidar?
O auto exame de mamas. Esse auto exame não substitui a consulta ao médico e o exame por ele mas permite que você se cuide e procure nódulos, retração da pele ou do mamilo, descarga papilar ou inflamação. Ao encontrar algum desses sinais, é importante primeiro que você não se desespere, quando estudamos medicina percebemos que uma mesma coisa pode não significar nada ou pode significar desde um problema pequeno até um grande e, depois, é importante que você procure um médico para esclarecer suas dúvidas.


O exame que o médico faz com as mãos, à procura de nódulos ou outras alterações, pode sempre ser feito mas é indicado para todas as mulheres a partir dos 40 anos, uma vez ao ano. E esse exame é suficiente em caso de normalidade; apenas se houver alguma alteração, a mamografia é indicada.
Já a mamografia passa a ser obrigatória apenas a partir dos 50 anos, devendo ser realizada a cada 2 anos. 

Esse contexto muda se a mulher tiver algum fator de risco (aqueles que citei ali em cima). Nesses casos, o exame clínico feito pelo médico e a mamografia devem ser realizados a partir dos 35 anos, ambos anualmente. 

A mamografia é um exame ótimo para detecção de alterações que, apenas após uma análise patológica, terá um diagnóstico de benignidade ou malignidade. Mas, como todos os exames, a mamografia não é perfeita e o seu resultado depende do tamanho e da localização da lesão, da densidade do tecido mamário (quanto mais jovem é uma mulher, mais denso é seu tecido mamário e mais difícil a visualização de alterações) e da habilidade de interpretação do profissional.

Se detectado precocemente, o câncer de mama tem altas chances de cura com diferentes tratamentos disponíveis. É muito complicado para um mulher ter que fazer uma mastectomia (retirada da mama) seja total ou parcial mas, muitas vezes, essa é a decisão necessária a ser tomada. Em outros casos, não há necessidade da cirurgia. 
É importante salientar também que, independente do tratamento e de suas consequências, hoje em dia, já possuímos muitas opções de reconstituição, de implantes e de ajuda psicológica.

Embalagem promocional linda que a Carolina Herrera fez!

E isso é o pouco que eu sei e que eu gostaria que vocês também soubessem sobre o câncer de mama.
O que eu queria mesmo que ficasse gravado pra vocês é a necessidade imprescindível de fazer a prevenção com o exame clínico de mamas a partir dos 40 anos e com a mamografia a partir dos 50. Além disso, queria pedir que vocês repassassem as informações para todas as mulheres da vida de vocês, afinal, queremos continuar nos preocupando só com essas besteirinhas do nosso mundo, como o número do nosso manequim, a próxima tendência do verão e a cor de batom que combina com nosso tom de pele!

Beijo enorme.

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