Avenida Brasil em Livro


É mais ou menos isso haha. 
Dias atrás, nas noites insones de estudo, fiquei assistindo a entrevista de Juliano Cazarré no Programa do Jô. 
Tá. Legal. E quem é Juliano Cazarré e qual a sua relação com Avenida Brasil?
Eu também não sabia mas Juliano é o nome real de Adauto de "Avenida Brasil". No meio de uma entrevista muito bonita em que só admirei ainda mais o trabalho dele, ele contou que tinha acabado de lançar um livro.

Acho Juliano lindo de óculos.

Antes de falar do livro, gostaria de falar o quanto admiro o talento de Juliano. Ele interpretou magistralmente Adauto e nos faz acreditar que ele tem esse jeito humilde (e, por vezes, carente de conhecimento) na vida real também; o lançamento desse livro e a qualidade dele me admirou por mostrar o contrário. 

E a grande magia de ter um blog e descobrir um pouco mais sobre assuntos que nem cogitávamos pesquisar é que os resultados são muito surpreendentes. Juliano nasceu em Pelotas (será que foi na Santa Casa, gente? haha), é filho de um escritor que já venceu o Prêmio Jabuti. 
Eu gosto do trabalho de Juliano especialmente no cinema; fez Tropa de Elite, Bruna Surfistinha (adoro a participação dele no filme), Assalto ao Banco Central e 360 (estou querendo muito assistir, tenho bons pressentimentos quanto a esse filme).
Essa grande diversidade entre os papéis só prova, mais uma vez, a capacidade de adaptação do ator.

São 80 páginas, publicadas pela editora Dublinense e custa R$ 29,50 (no site da Libraria Saraiva).

Agora, sim. O livro! Tem o título de "Pelas Janelas" e são diversos poemas cujo tema principal são sempre janelas sob diversas perspectivas.
Transcrevi o poema que Juliano leu no Programa do Jô porque foi ele que me conquistou e espere que conquiste vocês também.


Velório de um Vencido
* Dedicado a Augusto dos Anjos, em ode ao poema "Psicologia de um Vencido".

Não bastasse em vida decepções amiúde
Reservou-me a morte póstumo desgosto
Uma janela
A tampa do ataúde
Expondo os fundos sulcos que me cavam o rosto
No entanto, através desse infeliz postigo
Estou sozinho na capela com um estado atônito
Ninguém veio
Parentes, amantes
Nem inimigos a quem trazer ânsias e causar vômitos
Meu funeral é o resumo deste patético jogo que foi minha vida
E também meu derradeiro castigo
Vivo não trouxe alegria a ninguém
E morto a ninguém consegui causar nojo
De minha postumária janela
Só vejo o coveiro
Que conduz o fétido com meus despojos.

O que acharam? 
Algum talento ele tem seja para ator, seja para escritor. Sinceramente, gosto dos dois.

Obs.: Para quem quiser conferir a entrevista de Juliano para Jô Soares na íntegra é só clicar aqui. É um entrevista bem gostosa de acompanhar. Vale a pena!

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