Perrengues


Vocês já se mudaram ou saíram da casa dos pais, gente? Se já fizeram algo assim, vão concordar comigo que é uma das sensações mais especiais de nossas vidas, afinal, junto com a mudança, vem toda a esperança e expectativas de uma vida nova com um lugar novo, móveis novos e atitudes novas.


E não há, realmente, emoção tão boa quanto essa. Acabei de terminar a maior parte de minha mudança e estou em total romance com meu novo apartamento (que, espero, seja “meu” por um bom tempo). Consigo olhar para cada detalhe dele e perceber a história do enfeite ou do quadro e consigo olhar para os lugares vazios e imaginar o móvel ou complemento ideal para esse lugar.

Móvel para os livros que foi adaptado para os sapatos!

Mas, como o paraíso não teria graça sem um pouco de inferno, nada podia ser apenas flores, não é? Até chegar nesse estado em que a minha maior preocupação é encontrar o porta-retrato ideal para colocar na prateleira vazia da sala passei antes por preocupações muito maiores e muito mais estressantes.

Começando pela busca de um apartamento com um mínimo de condições para ser habitável. Entre fedores, carpetes, móveis velhos e preços altos, sobram pouquíssimas opções das milhares que existem nas imobiliárias. Mas, quando você entra no apartamento que será o seu, você sente; pelo menos comigo, foi assim. Eu senti, eu sabia. E queria ficar nele, comprar os móveis e dormir nele na mesma noite.

A burocracia não te permite esse sonho. São milhões de papéis, sejam seus ou de seus fiadores; e são milhões de papéis autenticados – e autenticações custam dinheiro. Entre o corre-corre passando por imobiliárias, cartórios e tabelionatos, você não aguenta mais ouvir que falta uma informação!

Tremeu! =(

Quando se fica prestes a voltar atrás e desistir de tudo, você consegue a chave de seu apartamento (não sem antes pagar diárias a mais do que o esperado no hotel por conta da ineficiência e falta de informação de cartórios)! Momentos de glória: você entra no seu apartamento e... senta no chão.

O negócio agora é aproveitar que está vazio para faxinar. E correr atrás de móveis. Você escolhe, você marca a entrega mas eles não chegam, você liga mas ninguém sabe de nada, você enlouquece e seus móveis chegam.

Vem agora, na minha opinião, a melhor parte: as miudezas. Seja o primeiro rancho, seja a flor para mesa, seja a vela perfumada, seja o sapateiro novo, seja a organização das maquiagens, é tudo tão poético. E, sabe, continua sendo após os primeiros momentos porque sempre falta um detalhe, uma coisinha que você imaginou e ainda não encontrou.


E, sinceramente, falem o que falarem para vocês, acreditem que chegar em casa e ver seus objetos, sua organização, seu cantinho e apenas seu, não tem preço, não há nada no mundo que pague. Ainda mais se você enfrentou uma batalha tão grande quanto foi a minha para ter seu lugar exatamente como ele está.

Comecei a olhar, recentemente, alguns móveis na Atelier Clássico e fiquei desejando muita coisa pro meu cantinho. Ia ficar perfeito por aqui!

Beijos!
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