Eu quero...


Posso desejar?

Quero arrebatação. Não tô falando do amor, e sim dos dias. Tô querendo ser surpreendida, empurrada, puxada por alguma coisa que eu não saiba de antemão, quero conhecer, quero ver um sentido pra isso tudo, pertencer a algo maior do que essa grande ilusão diária.

Quero ligar a TV e assistir ao vivo a alguns jornalistas se rebelando, quero sair na rua e ver todos os carros parados na marginal por puro protesto e não porque algo os parou, quero que todos tenham algo pra amar, e amem do fundo do seu âmago e não porque alguma propaganda mandou. Quero profundidade, quero risada de verdade e não de desespero. Não é questão de querer mudança, é questão de só ter apatia e desejar mais, muito mais.

Tô precisando sentir. Sentir arrepios de concordância, de deleite, de alegria em pertencer. Isso tudo me paralisa, eu sou tão mais, tão mais eu queria ser. O mundo é pra jogar na nossa cara as verdades, mas o que ele manda é o que a gente planta: ilusão, das ruins. Erro, dos piores. Apatia. Preguiça. Involução. Comodismo. Ignorância.

Fico presa aqui comigo, nas surpresas e delícias que o meu mundinho pode ter, desejando que isso fosse maior, muito maior e sem fronteiras.
Escrito por Tha Basile, do blog Chá de Tharântulas! Visite e encontre outras dessas preciosidades! *-*

Obs.: Este texto está aqui por ser também parte da minha vida, então além de 'Diversos', ele deveria ser 'Pessoal'. E, como diria Oscar Wilde, 'Acho a liberdade mais importante que o pão'.

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