A vida, a faculdade, o coração


Começo a escrever esse texto - e esse post - sabendo que ainda preciso estudar os tópicos do que vi hoje, jantar, organizar meu apartamento, ler pelo menos um capítulo do meu livro e, por fim, descansar. Já sabendo também que provavelmente não conseguirei riscar todos esses itens da lista porque não venho conseguindo desde que iniciei uma nova fase da minha vida.
Ao mesmo tempo em que sei de todas as coisas que preciso fazer e que talvez todas elas sejam mais importantes do que postar no meu blog, sinto-me em dívida com esse cantinho pelo qual tenho tanto carinho e no qual sempre desabafei. 
Por isso, cá estou. E estou para falar de mim como sempre ocorreu nesses 7 anos de Coisa e tal.


Há 2 meses, a vida me pegou de surpresa e fez questão de me mostrar que muitas das certezas que eu tinha para mim e para minha vida não eram tão certas. Gosto que seja assim; ao mesmo tempo em que é desesperador não estar no controle de tudo, não estar no controle de tudo também é libertador. 
Há 2 meses, a vida mudou e me trouxe de presente para marcar essa nova fase um anjo que me deu a mão e divide comigo até hoje as dificuldades, a rotina, os estresses, os problemas e o coração. Olhar para o lado e saber que você pode encontrar moradia também no coração de outra pessoa traz uma paz indescritível. A paz de quem encontrou seu lugar no mundo. 
E, assim, o coração vai bem. 

Parece que fechei os olhos aos 17 anos como uma caloura na universidade e abri agora, aos 21, como doutoranda há exatos 9 dias - que de tão longos parecem 6 meses. 
Sei que quando tiver meu CRM (o registro médico), essa fase da vida parecerá nada mais do que uma brincadeira de criança, contudo, hoje, essa fase tem me trazido uma consciência da profissão que escolhi, da responsabilidade que ela carrega e do que vou viver pelo resto da vida como nunca tive nesses 4 anos anteriores. 
Além de toda a mudança na rotina diária - que virou muito mais prática do que teórica -, ainda estou começando um cursinho já me preparando para a próxima reviravolta que a minha dará, aquela que virá acompanhada de uma assinatura e um carimbo. 


Sinceramente, tenho muita vontade de pular essa parte que, apesar de extremamente enriquecedora, é também muito cansativa e ir direto para aquela onde trabalho, faço meu próprio horário, ganho meu dinheiro, tenho minha casa. 
Por outro lado, porém, estou vivendo os dias tão intensamente e tão apaixonadamente que sinto que reavivei algo dentro de mim que eu nem sabia mais que me habitava e que eu, por suposta maturidade, pensei ser coisa de adolescente. 
Não é imaturidade amar e demonstrar o amor assim como não é imaturidade ser feliz por detalhes tão simples como um passeio na praia. 

2015 está só na metade mas já conseguiu deixar marcas em mim para a vida toda. Que esse ano continue trazendo surpresas, que eu possa continuar dividindo-as com um homem tão especial e que aprenda a cada dia que amor não se esgota e felicidade é estado de espírito - é sentir-se feliz e, por assim sentir-se, estar e por estar, ser.

Beijos cheios de amor.

2 comentários:

  1. Parabén Fêh, que venha muitas outras coisas boas nessa nova fase da sua vida.

    É realmente complicado quando o controle foge de nossas mãos, porém é às vezes é necessário.

    Um beijão e bons estudos

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    1. Muito obrigada, Gabi!
      Espero que essa fase seja tão boa e feliz quanto será desafiadora!

      Beijos!

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